Waffle de chocolate.

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Segredinho da vovó.

De origem belga, o waffle não tardou a se popularizar por toda a Europa. Com a mesma rapidez, tornou-se símbolo de café da manhã nos EUA – especialistas em gordas e deliciosas refeições matinais. Por isso uma das versões mais conhecidas do quitute chama-se “American Waffle”. Inventado em Nova Iorque, foi primeiramente batizado de “Belgian Waffle”, muito embora não seja comum entre os belgas. Com o tempo, a massa ganhou receitas diferentes e conquistou paladares no mundo inteiro.

Hoje existem versões doces e salgadas, consumidas puras ou com inúmeros acompanhamentos. Os salgados vão bem com ovos e frios (por cima ou como recheio, tal qual um sanduíche). A massa pode ser feita com queijos amarelos, queijo ricota e até batata. Já a massa dos waffles doces é tradicionalmente mais neutra, por isso vai bem tanto com acompanhamentos doces (calda de chocolate, calda de frutas e frutas frescas, geléias, mel, sorvete…aiai) quanto salgados, especialmente manteiga ou requeijão cremoso.

Esse tipo mais neutro é preferido no Brasil (onde também se pronuncia “uêifel”). Com a popularização dos aparelhos domésticos específicos para seu preparo, os waffles invadiram milhares de casas brasileiras. Embora relativamente simples de preparar, a massa exige cuidados que, se ignorados, podem render desastres na cozinha.

A começar pela máquina: procure marcas de boa qualidade, com fendas nas bordas da grelha para evitar vasamento da massa. Revestimento anti-aderente é importante e previne que o waffle grude no aparelho (chateação que faz as pessoas desistirem de waffles em casa). De qualquer forma, untar a grelha com um pouquinho de manteiga ou óleo é fundamental – e nem pense em eliminar a gordura da receita, porque aí o grude vai ser inevitável. Por fim, sempre, sempre, sempre aqueça a grelha e deixe-a bem quente antes de despejar a massa – fundamental para que o waffle saia com facilidade e asse de maneira correta. Tire-o da máquina com um pegador de silicone (ou um garfo, mas sem encostar na grelha para não arranhar), levantando aos poucos as bordas (veja mais dicas aí do lado).

Dicas

Fora de casa o waffle também ganhou seu lugar. Em alguns estados brasileiros já existem casas especializadas no quitute. No exterior a massa é popular especialmente em feiras livres e barraquinhas de rua. Na Bélgica, uma versão bastante popular chama-se Liège (nome de uma cidade do país). De cor amarelo-ouro, tem textura mais densa e é consumido com açúcar queimado. É vendido por ambulantes e devorado por crianças e adultos.

Algumas massas de waffle podem ser preparadas à noite e assadas na manhã seguinte (de preferência para aquele café da manhã preguiçoso de domingo). Outras requerem apenas uma hora de descanso. De qualquer forma, o fermento precisa de tempo para agir.

Tendo em vista que muitas receitas são traduzidas ou adaptadas de língua inglesa, valem algumas observações. Designer por formação e mestre-cuca autodidata, Ana Elisa Granziera, autora do excelente blog “La Cucinetta”, dá a dica: se as instruções pedem “dry yeast”, entenda “fermento biológico seco”, que é diferente de “baking powder” (fermento químico, mais comum por aqui). Ocorre que o fermento biológico mais fácil de encontrar no Brasil é, na verdade, instantâneo (“instant dry yeast”), que deve ser utilizado na proporção de 35% da quantidade de fermento biológico fresco (ou seco) pedido na receita. Caso contrário, seu waffle ficará com um gosto meio azedo.

Outra dica preciosa é substituir o leite da receita por um ingrediente chamado “buttermilk” (um resíduo da fabricação da manteiga, chamado no Brasil de “leitelho”). Embora não tenha versão industrial no país, pode ser feito em casa. A dica é novamente de Granziera: misture uma colher (de sopa) de suco de limão ou de vinagre a uma xícara de leite desnatado e deixe descansar em temperatura ambiente por cerca de 10 minutos, até que talhe. O “buttermilk” caseiro é líquido e levemente ácido (diferente do industrializado importado, que é espesso e azedo).

Por fim, não esqueça: se a receita pedir baunilha, o ideal é usar a natural (corte a fava no sentido do comprimento, raspe as sementes e adicione-as no leite). Mas esse é um ingrediente caro e difícil de encontrar, então vale usar extrato de baunilha. Na falta dos dois, apele para a essência. Ela fica bem atrás do extrato em termos de sabor, então pelo menos procure uma de boa qualidade, com menor quantidade de aditivos possível.

Tudo pronto, sirva seus waffles com orgulho, esqueça a dieta por um dia e entregue-se a gula sem culpa – vale a pena. Se no final, porém, nada der certo, esfrie a cabeça e asse um pãozinho na sua máquina de waffles. Ela funciona como boa torradeira de pães!

Ingredientes :
. 1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
. 1 ovo
. 1 xícara (chá) de leite
. 1 1/2 colher (sopa) de manteiga amolecida
. 1 colher (sopa) de fermento em pó
. 2 colheres (sopa) de chocolate em pó
. 1 colher (sopa) de açúcar

Calda:
. 150 g de chocolate ao leite
. 1/2 xícara (chá) de leite quente
. 3 colheres (sopa) de manteiga derretida
. Frutas picadas a gosto

Modo de Preparo:

No liquidificador, bata a farinha, o ovo, o leite, a manteiga, o fermento, o chocolate e o açúcar. Com a massa, faça os waffles no aparelho.

Calda:
Derreta o chocolate conforme as instruções da embalagem. Misture o leite quente e a manteiga derretida. Pique as frutas. Sirva os waffles com a calda e as frutas picadas.

Fonte www.pitacosculinarios.blogspot.com

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Andrea Beatriz

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