Festa, brigadeiro.

Segredinho da vovó.

Apesar de brasileiríssima, a receita sempre teve o estigma de popular: foi criada na década de 1940, durante a eleição

presidencial, logo após a deposição de Getúlio Vargas.

Para ajudar na campanha do Brigadeiro Eduardo Gomes, eleitoras mais entusiasmadas fizeram o doce ancorado no bordão

eleitoral “vote no Brigadeiro, ele é bonito e solteiro”.

O candidato não saiu vencedor, mas o doce, sim, e desde então, unanimidade nacional.

“Quando disse que iria abrir um ateliê só de brigadeiro, minha mãe disse que era uma insanidade.

Não podia investir em algo tão simples. Para impressionar, brasileiro gosta de coisa ‘importada’,

e sugeriu que eu apostasse em algum doce francês. Trufa, macarron ou petit gateau…”, relembra a chef,

que na época, trabalhava como jornalista.

Ainda bem que ela fez as vezes de filha rebelde e não desistiu da ideia.

O ateliê paulistano é badaladíssimo e, como pioneiro, disseminou Brasil afora essa deliciosa moda.

Tendência quase impossível de não aderir, já que agora, pelos quatro cantos do País,

as vitrines exibem brigadeiros repaginados, em mil e um sabores e formatos.

De lojas a padarias e os feitos por doceiras, ele se mostra mais do que versátil e um belo filão a se explorar.

Se ele é versátil na receita, a regra também vale para a apresentação.

A começar pelo formato enroladinho, que pode sair do comum com um granulado diferente e uma forminha mais estilizada.

Com estes, dá para montar kits com sabores preferidos, que viram presentes perfeitos

em caixas personalizadas ou até aquelas antigas marmitas de alumínio.

Essa foi a aposta retrô que ganhou fama no ateliê paulistano,

e o mimo ainda vem amarrado com um pano de prato, claro, igualmente charmoso.

E aquele brigadeiro mais molinho é o perfeito para as versões de copinho, panelinha, para comer de colher.

Moda para aderir, investir e devorar, sem culpa!