Dicas, ar condicionado do carro.

Ar-condicionado: falta de manutenção

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pode causar doenças.



O ar-condicionado no carro tem um uso muito maior do que o previsto, uma vez que trabalha o ano todo, independentemente da temperatura externa.

Esse excesso de uso exige muita atenção à manutenção. Se não for bem feita, a utilização do equipamento oferece riscos à saúde dos ocupantes. “Quando não é feita a manutenção do ar-condicionado, pode ocorrer acúmulo de sujeira dentro do sistema e isso aumenta a ocorrência de fungos e ácaros, que desencadeiam processos alérgicos e infecções respiratórias”, disse o médico da disciplina de pneumologia da UNIFESP Ciro Kirchenchtejn à reportagem da Agência AutoInforme.

Um dos sinais de que o ar-condicionado precisa ser vistoriado é quando o ar cheira a mofo. Segundo o dr. Ciro, além do cheiro, é possível perceber que o ar está sujo por alguns sintomas do nosso corpo. “Se ao ligar o ar-condicionado a pessoa começa a tossir, fica com o nariz entupido, espirra ou sente irritação nos olhos, é sinal de que o ar ou está sujo, ou está sendo usado da forma errada”, diz.

O mau uso do ar-condicionado também pode prejudicar a saúde, mesmo que a manutenção seja feita freqüentemente. “Quando usamos o ar-condicionado por longos períodos de tempo, o ar fica viciado. Por isso, é importante abrir as janelas de tempos em tempos para fazer o ar circular”, ensina o dr. Ciro. A regra vale tanto para o ar quente quanto para o ar frio.

Além disso, ele explica que o ar-condicionado deve estar sempre direcionado para cima, para evitar o contato direto com possíveis impurezas presentes no ar. Outra dica é ligar o ar-condicionado pelo menos uma vez por semana, para impedir o acúmulo de sujeira.

A manutenção deve ser feita pelo menos uma vez por ano independentemente da quilometragem do carro e das horas de uso, conforme recomendação do  técnico em ar condicionado automotivoDorival Cuestas, da oficina Winter, de São Paulo, especializada em manutenção desse tipo de equipamento. Tanto que algumas montadoras recomendam a manutenção por quilometragem rodada. A GM sugere a limpeza do ar-condicionado a cada ano ou 15 mil quilômetros. Recomenda-se a troca do filtro e a verificação dos vazamentos.

O ar-condicionado automotivo, tão requisitado no verão e essencial aos motoristas que só se sentem seguros com os vidros fechados, funciona à base de gás de refrigeração e merece atenção especial.

Ao contrário do que muitos costumam dizer, o gás não gasta nem envelhece, embora não esteja livre de vazamentos (que, aliás, são bastante comuns em nossos pisos para lá de acidentados). Tanto quanto o carro, o ar-condicionado também merece cuidados especiais e, para funcionar bem, deve ser ligado pelo menos uma vez por semana.

Cerca de 70% dos problemas deve-se a vazamentos, mas também são comuns reclamações a respeito da parte elétrica e carga excessiva de gás durante a manutenção, o que pode ser explicado por desinformação do proprietário e serviços não qualificados. Por esse motivo, nada mais indicado que instalar os equipamentos adequados e, sempre, procurar um local onde mecânicos de ar sejam responsáveis pelo serviço.

Alguns hábitos podem melhorar o funcionamento do ar-condicionado e também a vida dos motoristas.

De sol a sol – Depois de deixar o carro estacionado sob o sol forte, nada pior que enfrentar aquele calor dentro do veículo. Muitas vezes, o motorista fecha imediatamente os vidros e liga o ar. O ideal é deixar os vidros abertos por alguns minutos, com o ar-condicionado ligado, e depois fechá-los. Assim, o ar quente é dissipado, dando lugar ao ar mais frio.

Outra dúvida comum diz respeito à utilização correta da recirculação. Esse recurso propicia um resfriamento mais rápido do automóvel e ainda impede que o ar externo entre no carro, o que é ideal para situações de trânsito pesado, com muita fumaça e poluição. Porém, a recirculação deve ficar ativa cerca de quinze minutos e depois desligada, evitando a sobrecarga do equipamento.

O equipamento de ar-condicionado é o mesmo para todos os modelos de carro?

Picapes, sport-utilities, sedãs, carros de luxo, veículos 1.0. O aparelho de ar-condicionado é igual para todos? Não. Na verdade, a diferença está nos modelos 1.0. Para todos os outros, os equipamentos são similares. Nos carros 1000, o compressor tem que ser menor para que não aumente muito o peso do veículo nem altere o rendimento.

Alguns especialistas aconselham os proprietários de modelos 1.0 a comprar o veículo com ar-condicionado de fábrica. Tudo para evitar que tenham dor de cabeça na hora que resolverem instalar o aparelho no mercado paralelo, já que, muitas vezes, as oficinas não utilizam o compressor correto e, por isso, todo o funcionamento do ar (e até mesmo do carro) fica comprometido.

Menos potência – Se, por exemplo, o compressor não for adequado, o carro pode perder tanta potência que o motorista corre o risco de ficar na mão em pleno trânsito. Isso mesmo. O carro pode parar no meio da rua por falta de potência. Daí o perigo.

Dica: preste atenção no funcionamento do ar-condicionado durante o ano inteiro. Procurar os problemas só durante o verão pode causar ainda mais dificuldades: as oficinas ficam lotadas e o serviço não é tão atencioso quanto poderia ser.

Fonte  Revista WebMotorsTexto: Daniele Zebini, da Agência Autoinforme

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Andrea Beatriz

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