Casamento, bolos.

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Segredinho da vovó.

O bolo de casamento deve expressar um sentimento de amor, então deve ser escolhido pelo casal, aqui temos alguns conselhos de profissionais.

Bolo de casamento é dos doces mais simbólicos que existem. É dele o momento mais romântico da festa, quando o casal estreante faz, em dupla, um gesto que até então cada um fazia independentemente e à sua maneira, só em aniversários. Cortar o bolo de casamento é um clássico e isso não se discute. O recheio é sempre muito doce, para lembrar noivos e convidados que amor e açúcar formam uma combinação das mais promissoras. Pode ser por esta razão que a escolha do bolo seja um momento tão “tenso” quanto a escolha do vestido. “Noiva tem muita dúvida e tem muito sonho envolvido na escolha do bolo”, acredita a boleira Otavia Sommavilla. “Por isso nunca sei o que espero quando marco uma reunião com uma noiva, pode levar cinco minutos ou horas”.

Claudia Eid Jordão, outra especialista em bolos lindamente decorados, escapou da dúvida porque resolveu fazer seus próprios bolos de casamento. Foram 11, montados como um móbile: um para cada etapa da história com seu amor. “Trabalhei nos bolos durante uma semana, fui fazendo bem devagar, curtindo cada passo do projeto”, lembra. “Mas consegui ilustrar toda a nossa história, desde o dia em que uma taróloga me disse que eu estava prestes a encontrar o homem da minha vida”.

Aliás, ilustrar a própria história nos bolos ficou quase irresistível desde o advento da pasta americana, que possibilita a confecção dos mais variados formatos de bolos e de noivinhos que podem ter a cara do freguês. “Já recebi uma encomenda de um bolo com noivinhos no topo, mas acompanhados de oito cachorros”, conta a boleira Luana Massi. Praticamente um momento “os meus, os seus, os nossos” traduzido para o universo dos bolos.

Os formatos também variam muito. Os clássicos ainda são muito disputados: vários andares, branquinhos, enfeitados com flores mil. Mas modelos coloridos, assimétricos, quadrados ou em formatos inusitados (a pedido dos noivos) também valem. “Já fiz um bolo que tinha o formato de três malas de viagem empilhadas”, diz Luana Massi. Um dos favoritos que saem da cozinha industrial de Claudia Eid Jordão é o bolo de caixa: são várias caixinhas recheadas com doces e empilhadas na mesa em formato de bolo de casamento. “Além de ficarem lindas, as caixinhas ainda viram lembranças para os convidados levarem para casa depois da festa”, explica Claudia.

O formato é muito interessante, mas e o sabor? É fato que a pasta (ou massa) americana é linda. Mas a realidade é que todo mundo separa a pasta do recheio do bolo. “Por isso é muito importante que o recheio seja delicioso”, salienta Otavia Sommavilla. “Costumo sugerir para os meus clientes que escolham sabores de que gostem em vez de seguir tradições que podem não ser de seu gosto”. Na lista dos sabores tradicionais, massa branca com recheio de nozes ou baba de moça são os grandes favoritos. Mas não há problema algum em escolher sabores alternativos e campeões de audiência, como chocolate com coco ou investir em algo mais exótico, como castanha-do-Pará com compota de jaca ou bolo de capim-santo com recheio de brigadeiro de capim-santo. Se o formato pode mudar, por que não variar no recheio?

Uma das boleiras mais requisitadas da cidade, Nininha Sigrist, é outra adepta de sabores cada vez melhores. Suas criações mais espetaculares, como um bolo 30 quilos, sete andares, inteiro cravejado de flores e que leva três dias para ficar pronto, são confeitados com pasta americana. Mas esta história está prestes a ter desdobramentos mais “naturais”. “Quero começar a fazer bolos com ingredientes orgânicos e deixá-los cada vez mais gostosos”, conta Nininha. “Entre os projetos que já se alinham com esta proposta está um bolo coberto com lascas gigantes de chocolate branco e acabamento perolizado”. Mais uma deliciosa novidade em um universo que, em um passado não tão remoto, se restringia ao bolo branco decorado com flores de chantilly.

Fonte Estilo Uol-CHRIS CAMPOS

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Andrea Beatriz

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